sexta-feira, 31 de julho de 2015

Saudades...




A cada página que lia era como se fosse um elástico me puxando ao passado.
Ainda bem que só temos saudades daquilo que foi bom.
Foi um tempo onde a simplicidade comandava, onde o pouco era muito e a pureza existia.
Bom tempo aquele em que brincar na montanha de serragem me parecia estar escalando o Everest (embora nem sabia de sua existência) ou simplesmente torcendo lá do alto do nosso "Everest" para o time no qual nossos tios jogavam mesmo ainda não entendendo nada de futebol.
E andar no trole que levava a madeira serrada?
E ir catar laranja e vergamota?
E ir chupar uva?
E ir brincar no porão no meio das imensas pipas cheias de vinho?
E observar o Nono fabricando suas pipas?
E a Nona fazendo polenta?
E o medo do querido tio Rovílio porque gostava de nos pregar suas peças?
E ir passear de Rural Willis com a querida tia Iracy?
E os gibis do Tio Patinhas?
Difícil esquecer...

Meus parabéns Ivania por ter rememorado aquele tempo.
O elástico me trouxe de volta e hoje te agradeço por trazer de volta aquele tempo.
Sempre tive um enorme carinho por seus pais. Sua mãe então nem se fale... eu sempre a via alegre, parecia que o mundo lhe sorria.
A vida passa e tomamos rumos diferentes.
Cada um de nós temos guardado no fundo do coração nossas preciosidades e cada um de nós sabemos que nossas preciosidades são só nossas. Só nós temos contato com elas. Difícil de alguém as entender por mais que tentemos explicar.
Fostes e és uma dessas minhas preciosidades.
A distância e o tempo nunca foi capaz de extinguir meu afeto por você.

Saudades...

Salete


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